Você certamente conhece o Coringa. O maior inimigo do Batman é um dos vilões mais conhecidos da história do entretenimento. Poucos antagonistas foram tão utilizados e populares quanto o palhaço cujos crimes já foram retratados nos quadrinhos, jogos, televisão e cinema, onde o personagem já foi interpretado por três atores vencedores do Oscar – Jack Nicholson, Heath Ledger (que venceu a estatueta com sua conhecida atuação em Cavaleiro das Trevas e Jared Leto – e agora está nas mãos de outro ator indicado ao prêmio, Joaquin Phoenix.
Phoenix vai viver o Coringa em um filme que existirá separado dos outros longas de heróis produzidos pela Warner. Não veremos o Coringa interagindo com o Batman ou Superman. A ideia do diretor, Todd Phillips, é contar a origem do vilão numa produção mais madura e profunda. Na trama, ele será um homem simples chamado Arthur Fleck, que trabalha como palhaço de circo antes de se transformar no psicopata que já conhecemos. Você pode ver sua transformação na foto abaixo.
Os detalhes dessa origem ainda não foram divulgados, mas é provável que ao invés de algo nas linhas de “ele caiu num tanque de material químico,” Arthur provavelmente passará por algum tipo de surto psicótico. É cedo para especular, mas podemos entender muito sobre como o Coringa surgirá lendo Batman: A Piada Mortal, a história mais conhecida do criminoso. Nela, ele faz atos terríveis para atormentar um homem na esperança de provar que ele não é muito diferente de outras pessoas. Nas suas próprias palavras, tudo que há entre ele e nós é um dia mau.
“Só é preciso um dia ruim pra reduzir o mais são dos homens a um lunático! É essa a distância que me separa do mundo. Apenas um dia ruim,” ele exclama na história, que nos mostra esse fatídico dia mau; ele perde sua esposa grávida, perde seu emprego e é utilizado como bode expiatório por criminosos antes de ser exposto a um tanque de material químico que o altera permanentemente. A ideia por trás desse argumento é simples. Não é preciso uma infância traumática, tortura ou mesmo uma doença mental para que alguém quebre. Basta um dia ruim, uma série de acontecimentos que apertem os botões certos, e nós vamos ceder à loucura.
Essa loucura não está relacionada à saúde mental. O Coringa não está tentando infectar alguém com esquizofrenia, mas sim trazendo à tona a corrupção e a depravação do homem. Ele vê a terrível escuridão que existe em nós e sabe o que acontece se isso dominar nossa mente. A Bíblia chama essa escuridão de pecado, e as Escrituras também diz que
O pior dos dias ruins
É o dia ruim que transformou um simples comediante no Coringa é terrível não é a única vez que a sanidade de um homem foi testada pelas circunstâncias. Em outra história, essa verdadeira, um servo justo de Deus chamado Jó sofreu perdas inimagináveis. De uma vez só, Jó perdeu sete filhos e três filhas. Em uma tarde, toda sua riqueza e sustento acabou. Entre o nascer do sol e o anoitecer, Jó foi levado ao extremo. Ele perdeu praticamente tudo que tinha de valor.
Mas Jó ainda tinha Deus. Então ele persistiu, manteve-se firme na fé e não se rebelou contra o seu Criador. Isso só trouxe mais dias ruins, e ele passou meses sendo atacado por todos os lados. Jó foi testado na raiva de sua esposa, nas acusações de seus amigos e na deterioração do seu próprio corpo. Finalmente, quando seu espírito estava no limite e ele questionou o agir do Senhor, a resposta dos céus veio.
Nos capítulos 38 a 41 de Jó, encontramos Deus falando com o seu servo e declarando sua soberania. Só no primeiro capítulo, o Todo-Poderoso fala coisas como “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento,” (38:4), “Quem abriu regos para o aguaceiro ou caminho para os relâmpagos dos trovões; para que se faça chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no ermo, em que não há gente; para dessedentar a terra deserta e assolada e para fazer crescer os renovos da erva?” (38:25-27) e “Podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra? Ou ordenarás aos relâmpagos que saiam e te digam: Eis-nos aqui?” (38:34-35).
E então, no capítulo 42, Jó responde “Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia” (42:3) e declara que antes conhecia o Senhor de ouvir falar. Agora, ele O vê claramente com seus olhos. Jó, agora ciente do orgulho em suas palavras, mostra um tremendo arrependimento, mas ele também passa a ter mais fé e segurança na providência divina. Jó não recebeu as palavras de Deus apenas como uma bronca, mas também tirou esperança das declarações monumentais que ouviu.
Jó percebeu, verdadeiramente, que nenhuma circunstância está acima do Senhor. Que nada pode sair do controle de Deus. Ele percebeu que nossa ansiedade, a preocupação extrema que sentimos, o precursor da loucura que abalou o Coringa, nada mais é que arrogância. Uma vontade de controlar o mundo, de dizer para o mundo o que ele deve e não deve fazer. Mas diante disso, Deus nos responde: você diz para os relâmpagos onde atingir? Você chama o sol para encerrar a noite? É você que faz nascer as árvores da floresta?
Deus é quem comanda isso tudo. E em Cristo, sabemos que não somos mais inimigos Dele. Agora, Ele é por nós.
A loucura que o Coringa prega, essa que vem da corrupção desesperada que habita no coração totalmente depravado da humanidade, não pode ser curada com remédios. Há diversas condições de saúde mental que devem ser enfrentadas com tratamento médico. Mas a saúde da alma? Essa, mesmo no mais são dos homens, só pode ser curada da terrível doença do orgulho, da ansiedade e do pecado, com Jesus Cristo.
Comentários